segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Impressões finais sobre as atividades de suportes cênicos

IMPRESSÕES FINAIS SOBRE AS ATIVIDADES DE SUPORTES CÊNICOS
Achei uma matéria gostosa e prazerosa, pois me proporcionou momentos de intensa criatividade, não só pela oportunidade de literalmente ”botar a mão na massa”, mas também pela viagem ilustrativa que os textos escolhidos me proporcionaram, e das belas pesquisas que fizemos nos sítios da rede de informação agraciando-nos com uma retrospectiva histórica das artes; da caracterização de personagens;da cenografia e da fantástica iluminação; o projeto da confecção da máscara mortuária nos transportou ao mundo primitivo de nossos ancestrais que queriam se eternizar através do registro de suas feições para posteridade.
Sendo eu um dentista, e inerente a minha profissão, tive muitas oportunidades de moldar a cavidade bucal dos meus pacientes utilizando o alginato,mas foi bem interessante moldar o rosto das pessoas e ver o resultado dos seus semblantes registrados no modelo de gesso e este passar a ser o substrato para dali sair nossas coleções de máscaras que alimentarão o nosso imaginário, na busca da concepção de seres ficcionais que habitarão o mundo teatral.
A fase de modelagem do rosto foi muito lúdica pois retornamos à infância utilizando as famosas “massinhas” de modelagem que possibilitaram a explosão imaginativa na composição das personagens,porque a partir do modelagem do narigão adunco do Pantaleão que tinha a intencionalidade de um misto de nariz com bico de galo estava nascendo um ser híbrido de animal e humano; ao estudarmos sobre suas características de sovinice e libidinagem a idealização de uma pele de um velho “ensebado”,isto é, sujo, deixando transparecer ser um ser repulsivo, obscuro e maníaco; as tradicionais peculiaridades de sua personagem e caráter são matérias primas, ou melhor primorosas para embasarmos nossa criação de máscaras,mas que retumbarão como os primeiros rompantes de sua personalidade quando estiver em jogo com outras figuras do dell’arte para em conflitos, embates criarmos a farsa do Tabarin que culminarão com o objetivo desejado: o espetáculo teatral.
Quanto às cores eu idealizei meu velho Lucas, um ancião grandalhão, neurótico, sistemático e abusado, vivendo dos prazeres materiais, pois cultua o dinheiro, apesar de ser escravo do mesmo, pois é sovina, não o emprega para seu conforto, mas para guardá-lo; vive a assediar mocinhas, mas se tivesse que escolher entre as mulheres e o dinheiro escolheria sem dúvida o dinheiro; o galo é o rei do galinheiro, todas as galinhas são dele, ele é o dominador,para tanto eu pensei num galo de coloração escurecida com tonalidades variando do marrom , do café , do terra e até do pinhão com nuances de esfumaçamento de preto,amarelo e branco, tive a intencionalidade de ressaltar as pálpebras galináceas, as papadas dos olhos e as rugas na testa.
Foram dois meses bem legais no convívio com os suportes cênicos que culminaram com grande júbilo.
José Geraldo Fogaça de Almeida- TEA 1- 06 de Outubro de 2009-Itapetininga
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